quarta-feira, 18 de março de 2009


Dá para ensinar sensibilidade?


Sou abençoada por Deus ter colocado no meu caminho minha querida filha Raphaela. Como a maioria das mães "babo" por suas conquistas e atitudes positivas. Rapha é uma menina muito amada e elogiada por todos. Sexta-feira, dia 2, aniversariou o coleguinha Rui Kimura e mesmo acabando de chegar de viagem, lá fomos nós. Chegando lá ela logo enturmou-se e pôs-se a brincar. Meu amigo Kimura, tio do Ruizinho, olhou e disparou: "Isso ela puxou do pai"
De fato, ela herdou do pai a popularidade, o senso de humor e a capacidade de perceber detalhes de pessoas e situações, caricaturando-as de forma bastante engraçada.
Ao comentarmos isso na festa, lembrei-me de uma situação bonita ocorrida dias antes e emendei: "Ah, mas a sensibilidade ela herdou da mãe!" Então contei um fato marcante vivido em nossa viagem. Estávamos passeando no sítio e Raphaela ia na frente com a minha mãe. Depois de um tempo ela voltou correndo e dizendo que precisava mostrar uma coisa para mim.
Fui até o local e me extasiei com o que vivi e com o que senti percebendo a sensibilidade da minha filha. Me deparei com uma árvore de porte médio, de galhos fortes, cheios de folhas e de cume arredondado. Grudada à árvore havia uma grande pedra que fora abraçada pelas raízes da árvore. Poesia viva e concreta na minha frente!O porte das raízes e a presença de pequenas plantas e animais co-habitando árvore e pedra, sinalizavam que "esse casamento"já durava muitos anos.
Confesso que foi um dos momentos mais bonitos que já vivi na vida!
Respondendo à pergunta-título deste texto: Dá pra ensinar sensibilidade? Respondo que sim.
Talvez Raphaela já tivesse determinado em seu gene que seria uma menina sensível. E isso seria incrível. Caso isso não estivesse cunhado no seu jeito se ser, naquele momento tive a certeza de que "meus investimentos" não têm sido em vão. Frequentemente levo Rapha ao cinema, musicais, teatro, mostras de dança e exposições. Chamo a atenção dela para os espetáculos que a natureza nos dá diariamente como arco-íris, flores, por-do- sol, movimento das nuvens, montanhas etc. Também mostro livros, coleciono imagens que me sensibilizam e leio histórias e poesias para ela. Sei que esse conjunto de ações e outras inúmeras atitudes contribuem sim para nutrir e fazer aflorar a sensibilidade que muitas vezes fica adormecida no interior das pessoas.

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