segunda-feira, 30 de março de 2009


Com uma didática maravilhosa palestrou na sexta-feira no Colégio ESCALA o geógrafo Elian Alabi Lucci. Sem perceber o tempo passar a plateia, formada de pais e professores, se deliciou com suas citações, exemplos e apontamentos atualíssimos.
Ao final lamentei que tantas pessoas queridas não estivessem presentes para ouvir sua fala tão envolvente e verdadeira.

Cyberbulling- o que é isso?

Há tempos queria escrever sobre esse assunto. Na semana passada ele veio em pauta na novela Caminho da Ìndias e então decidi parar para escrever. Na novela, o mal-caráter Zeca criou um blog falso para prejudicar a imagem do garoto Indra junto às pessoas da escola em que ambos freqüentam.
É assustador como a maldade tem atravessado o nosso caminho todos os dias. Não bastasse as inúmeras armas que correm de mãos em mãos, hoje a Internet passou a ser mais um instrumento para destilar a maldade. Falo isso porque hoje os crimes da internet ocupam grande espaço na mídia todos os dias.
Indivíduos omitindo sua identidade, muitas vezes fazendo-se passar por outros provocam verdadeiras avalanches na vida de outras pessoas, invadindo sua privacidade, inventando e deturpando fatos, postando fotos comprometedoras,constrangendo com inverdades ou até mesmo escancarando sua intimidade como aconteceu há pouco tempo com a Maíra do BBB9 .
Em educação esse fenômeno recebe o nome de "cyberbulling".Outro dia soube de uma escola que abriu seu espaço para alunos do Ensino Médio fazerem uma confraternização e lá aconteceram excessos não esparados para ocorrer dentro dos muros escolares. Tudo foi filmado e logo projetado na Internet. Um desastre enorme para os proprietários da escola.
Muitos alunos insistem em filmar trechos de aulas para depois ridicularizar professores através da Internet. Há ainda aqueles que criam comunidades no Orkut desmoralizando professores, funcionários, colegas e pais de colegas pela rede.
Diante de tudo isso é fato: a internet é hoje o meio de comunicação que mais aproxima as pessoas, porém é o instrumento que mais rapidamente pode aniquilar uma pessoa. instituição ou empresa.
Repensemos a utilização desse poderoso recurso que temos nas mãos. Do contrário, em vez de lazer e entretenimento, a internet poderá proporcionar grandes dores de cabeça.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Para educadores de plantão

27/03- 20h -Café Pedagógico –Colégio ESCALA- Palestra: Show de Pedagogia com o géografo Elian Alabi Lucci
02/04-19:30-Palestra -Funções mentais básicas-Atividades e procedimentos para classes iniciais do Ensino Fundamental de 9 anos com a fonoaudióloga Silvia Maria Barduchi Carotti na Associação paulista de Medicina
17/04- Virando a escola do avesso: avaliação, autoavaliação e Portfólio com a Pedagoga Benigna Villas Boas- pairus Editora - Campinas
17/04-19h- Palestra promovida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente-Motivando os pais a motivar os filhos: o alcance de objetivos no cenário atual de mudanças coma psicóloga Adriana Albuquerque– Câmara Municipal de Indaiatuba

Palavras

Acabo de ler o livro “Palavras positivas, mudanças significativas”de Hal Urban que aborda maneiras simples de celebrar a vida e melhorar as relações pessoais e profissionais. Abaixo retirei dele algumas reflexões importantes:

“Sou capaz de viver dois meses graças a um único bom elogio”Mark Twain

As palavras têm o poder de destruir e de curar. Quando são ao mesmo tempo sinceras e sutis, elas podem mudar o mundo” Buda

“Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas as palavras conseguem partir meu coração”Robert Fulghum

“A verdadeira arte da conversação não consiste apenas em dizer a coisa certa no lugar certo, mas _ o que é muito mais difícil _ em deixar de dizer a coisa errada no momento mais tentador” Dorothy Nevill

“A boca fala daquilo de que o coração está cheio” Lucas 6:45

“Fazemos crescer tudo aquilo que elogiamos. A criação como um todo reage a um elogio e fica mais feliz” Charles Fillmore

“Bastam três minutos para escrever um bilhete, dobrá-lo, colocá-lo num envelope e enviá-lo, mas a força desse gesto é impressionante. “ Wanda Loskot

‘Não guarde suas palavras carinhosas para a hora que seus amigos morrerem. Por que não as pronuncia agora, em vez de deixar para escrevê-las nos seus túmulos?” Anna Cummins

“Nunca perca a oportunidade de dizer uma palavra amável” William Makepeace Thackeray

Sempre é muito bom parar e avaliar nossas ações e palavras. Nossos amigos, pais , filhos, companheiros agradecem!
É livro para ler e reler, principalmente diante de tanta correria, desgaste e impaciência.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Em prol da cultura


Minha amiga Mônica Kimura está atuando como Consultora da ONU para divulgação do Projeto Cultura Viva do Ministério da Cultura.É um grande privilégio tê-la sempre por perto para "trocarmos figurinhas".

Prêmio- Construindo a nação




Parabenizo a professora de História Érika Beatriz Martini Guizo pela desenvoltura de seus alunos no "Prêmio- Construindo a Nação".


Sob a sua orientação os alunos do 1o. ano do Ensino Médio da Escola carlos Tancler- Indaiatuba desenvolveram o Projeto "Recicle hoje e viva o amanhã" e foram premiados em São Paulo dias atrás.

Educar as crianças ou os pais separados?

É bastante delicada a situação de educar uma criança que tem pais separados.Normalmente a criança mora com a mãe e tem encontros semanais com o pai. Hoje sabemos que em muitos casos essa situação é invertida e que há pais que não abrem mão de conviver com os filhos e encontram formas de vê-los todos os dias.
No primeiro ou segundo caso, normalmente a criança é educada por aquela pessoa com quem mora.
No cotidiano tem as lições de casa, o estudo para as provas (semana de provas é uma tortura!rs), a cobrança para o banho, escovação de dentes e outras formas de higiene, a”briga”para a arrumação dos pertences e objetos da casa, a maratona de levar e buscar para a escola e outras atividades que a criança faz. Tem ainda a colocação de regras e limites e as orientações de acordo com os acontecimentos diários. E assim acaba sobrando menos tarefas para o outro progenitor, que na maioria das vezes se dedica a momentos de lazer, conversas e orientações.
Nesse processo, difícil mesmo é ter que “consertar” alguns equívocos que ocorrem, como por exemplo, orientações discordantes do que você combinou ou estabeleceu com a criança, falas que chocam com as suas convicções, atitudes conflituosas com os valores que há tempos você vem trabalhando. Isso piora ainda muito quando a pessoa que deveria estar com a criança transfere sua responsabilidade para a avó, um tio ou a empregada da casa.
No final das contas sobra para a pessoa que convive com a criança voltá-la para o prumo. E isso dá uma trabalho!!! Ainda bem que existe a recompensa da presença do filho com todas as suas alegrias, risos, piadas e calor.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Pais podem criar monstros?
Educadores de todo o país estão agradecidos à autora da novela das oito Glória Perez por retratar na novela Caminho das Índias a permissividade excessiva do casal César(Antônio Calloni) e Ilana( Ana Beatriz Nogueira) na educação do seu filho Zeca ( Duda Nagle). Pais omissos, descomprometidos e alienados, eles superprotegem o filho, incentivam posturas inadequadas, deturpam suas atitudes e fazem de tudo para inocentá-lo dos seus erros.
Eles não são capazes de enxergar a maldade e a falta de caráter do filho, pois logicamente são os principais responsáveis por terem uma cria tão ruim assim. Desta forma, eles não corrigem, não reprimem, não orientam e não limitam suas atitudes maldosas e equivocadas.
Pais assim, normalmente colocam os filhos no papel de vítima e empurram a culpa dos erros nos outros, pois não tem um bom senso apurado.
Pais assim, deixam de lado o foco do que é certo e errado e gastam sua energia para justificar cada erro cometido.
Pais assim, podem ter tido uma infância em que não foram tratados com o senso de justiça que mereciam, crescendo com a impressão de que sempre foram e serão injustiçados. A partir desse conceito interno decidem proteger os filhos de toda e qualquer contrariedade, sofrendo junto com eles cada golpe e deixando de fazer o que realmente deveriam fazer no papel de pais conscientes. Mesmo assim, isso não justifica suas ações.
Pais assim, brigam com qualquer pessoa que ouse limitar ou apontar os tropeços do seu filho.
Conclusão: deixam de criar gente e criam monstros!
Como conviver com pais que se contradizem?

Outro dia ouvi na televisão um psicólogo falando que, engana-se quem pensa que o maior número de pessoas drogadas vêm de famílias de pais separados. Na verdade, dizia ele, que a maioria dos drogados se originam das famílias em que os pais se contradizem e se desautorizam.
Fiquei a pensar no assunto e conclui que realmente a dúvida e a falta de rumo prevalecem nos lares em que os pais não concordam entre si.
Deve ser triste para uma criança ou adolescente, que precisa da regra para se situar e deseja o limite para obter segurança, ter à sua frente adultos discordantes, perdidos e equivocados.
Bola na rede

Fazia tempo que eu não me dedicava a assistir uma partida de futebol pela televisão. Tirando os jogos da Copa do mundo há tempos me mantenho distante das notícias futebolísticas.
Lembro-me que na minha infância e adolescência, direcionada pela influência de quatro homens da minha casa- meu pai e três irmãos - era corinthiana fanática, daquelas que tinha coleção de figurinhas, sabia de cor a escalação oficial e reserva do time, discutia com torcedores adversários e não recusava uma partida de futebol junto os primos e primas.
Dias atrás, na estréia de Ronaldinho pus-me diante da televisão e decidi assistir ao jogo e não é que gostei? Fiquei ligada também na segunda partida e senti muito não vê-lo no time no último domingo.
Já estou até pensando em assistir uma partida num estádio. deve ser extasiante!
E por falar em futebol
Tenho assistido à polêmica sobre a obrigatoriedade dos torcedores se cadastrarem e terem um identificação para entrar nos estádios de futebol. Sou favorável a isso, pois seria uma forma de manter um maior controle sobre os freqüentadores, sem contar na praticidade para adquirir os ingressos.
Todos desejamos que além da bola e dos jogadores, também entrem em campos de futebol, a paz, a alegria, a euforia, o coleguismo e a vibração positiva.

Presente-poema


Um beijo atrasado e um poema pelo aniversário da minha querida Bárbara Gaschler no último dia 11:

Um tear
E uma aranha
Ponteiam meu destino
Quando o tear se esgota
A aranha pega o fio
E sobe.
(Jorge Tufik)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Inaugurações


Conferi duas inaugurações na semana passada: o salão de cabeleireiros DoMra e o Club 5 e Opera Mundi de Bruno Bertoli e Marcos Pereira.
Abaixo selecionei alguns artigos do meu blog anterior. São textos que escrevi e que revelam um pouco de mim. A partir de agora darei continuidade aos meus escritos neste novo endereço. Boa leitura!

Criança tem cada uma
Estávamos no mercado , mais precisamente na fila da carne. Raphaela pergunta à avó qual carne ela vai comprar. A avó responde:
__Patinho cortado em bife.
Raphaela fala:
__Mãe, eles mataram o patinho. Coitadinho do patinho!
As pessoas ao redor caíram na gargalhada vendo a ingenuidade e como Rapha levou o assunto ao “pé da letra”.
Ingresso na faculdade: sonho ou pesadelo?

Todo início de ano assistimos assustados os casos que se destacam nos noticiários jornalísticos a respeito dos trotes universitários.
Já está mais do que na hora de haver uma lei mais severa que obrigue as faculdades a estarem mais atentas a este assunto e que puna o aluno participante com a expulsão.
Rituais de passagem são importantes e marcam mudanças e transformações, mas no caso do ingresso na faculdade deveriam estar aliados a compromissos solidários, humanos ou de senso ecológico e a uma calorosa recepção aos novatos. È preciso repensar e avaliar as razões de ocorrerem da forma agressiva como vem acontecendo.
Mais uma vez fica nítida a falta de bom senso de muito jovens que confundem liberdade de expressão com excesso de rebeldia e maldade. Que não sabem como festejar e recepcionar os colegas por não terem os limites internos bem definidos
A criança é o pai do adulto?
Maria Montessori, educadora italiana já dizia: “a criança é o pai do adulto”. Ao falar isso ela explicava que a criança é o pai do adulto porque é a partir das vivências e experiências que ela passa na infância que se cria o homem ou a mulher que despontará lá na frente, no futuro.
Então se a criança teve uma infância com pais acolhedores, com propostas adequadas, com orientações precisas, com referências bem definidas, com vivências estimulantes, com modelos de bom caráter ela tem grandes chances de ter um futuro promissor.
Se olharmos a frase num outro sentido, também podemos concordar com ela. A criança também é o pai do adulto quando questiona, conclui, argumenta e mostra saberes que os adultos jamais pensaram que tinha.
Tenho me surpreendido com minha filha de oito anos que muitas vezes argumenta com uma precisão ou questiona pontos não pensados por mim deixando-me estarrecida e muito feliz. É a criança sendo pai do adulto e o empurrando para acompanhar o seu crescimento.
Boas maneiras se aprende em casa?

Papeando com uma amiga que tem um filho um ano mais novo que a Rapha, ela me falava que percebemos melhor os nossos filhos quando recebemos visitas de seus amigos em nossa casa, pois temos a oportunidade de ver e comparar as atitudes de nossos filhos com a dos seus coleguinhas. E então ela me contou que dia desses recebeu a visita do amiguinho João (nome fictício). Ele mal foi deixado em sua casa e os dois eufóricos já correram para dentro. O amigo bateu o olho na sua TV e voltou correndo para o portão dizendo:
__Mãe, não é verdade que a nossa TV é maior que a do Pedro (nome fictício)?
A mãe do João, surpresa e envergonhada desconversou e os dois voltaram para dentro de casa.
A visita transcorreu bem, mas esta minha amiga ficou intrigada com a formação do colega que se mostrava bastante materialista.
Assim falamos que realmente a formação ética e moral se molda em exemplos e que dificilmente uma criança se torna assim sem mirar-se em seus modelos familiares.
Certamente a família desta criança deve valorizar muito as questões materiais acima de outras fundamentais,como a importância das pessoas, suas palavras positivas, seu coleguismo, sua solidariedade, seu esforço etc.
Certa vez ocorreu o mesmo comigo, uma coleguinha da Rapha dormiu em casa e os valores da sua família ficavam estampados em suas atitudes um tanto, inadequadas. Eu me limitava a orientar e refletir, pois sabia que não seria capaz de mudá-la.
Muitas crianças não conseguem diferenciar o espaço privado da sua casa e o da casa de um colega e agem como se estivessem em suas próprias casas: abrem geladeiras sem pedir permissão, mexem em objetos alheios, portam-se mal à mesa, respondem e desafiam os proprietários da casa, etc.
Ao conviver com essas crianças devemos ter pena e compaixão. E amor também. Podemos aproveitar o tempo da visita para dialogar e mostrar, nem que seja um pouco, que há outras referências e formas de viver e enxergar o mundo.
Necessidade ou desejo?

Institui a partir da semana passada junto à Rapha o pagamento de uma mesada semanal. Com isso pretendo ajudá-la a ir aprendendo a lidar com o dinheiro. Temas como troco, economia, poupança, pechincha, pesquisa de preços e a tão difícil diferença entre necessidade e desejo são alguns assuntos que certamente surgirão nesse seu trabalho de gerenciar a sua mesada.
Que filhos vamos deixar para o mundo?

Em conversa com a amiga Bárbara Gaschler falávamos sobre a educação dos filhos. Ela orgulhosa contava das alegrias que seus filhos lhes trazem ao serem afetuosos, sensíveis, inteligentes e queridos pelas pessoas. E eu seguia suas histórias relatando também as alegrias que passo com a minha filha.
Em determinado ponto abri meu coração contando como me sentia sozinha com a responsabilidade da educação da Rapha. Sendo mãe que vive sozinha sinto um grande peso nas minhas costas que não tenho com quem repartir. Logicamente conto com muitas pessoas que me ajudam e sou grata a cada uma delas, mas a preocupação maior é minha, pois sei que a educação dos filhos vem do berço e cabe inteiramente aos pais.
Então no meio da conversa ela colocou a questão de que muitos pais perguntam “que mundo vamos deixar aos nossos filhos?” enquanto a questão deveria ser “ que filhos vamos deixar ao mundo?”. E eu só posso concordar plenamente com ela.
Diante da primeira pergunta penso que os pais parecem se ocupar mais com a questão global: preocupações com a ecologia, com a violência, com a política, com a salvação desse mundo corrompido e desgastado, que também logicamente é muito importante.
Quando fazemos a segunda pergunta nos comprometemos primeiramente com o particular e em seguida com o coletivo. Nesse caso, sabemos que cabe inteiramente a nós preparar e educar nossos filhos para serem pessoas do bem e melhores a cada dia. E com isso certamente elas provocarão transformações em seu meio.
E essa é uma tarefa pesada, intensa, profunda que se cumpre junto aos filhos no cotidiano, nos exemplos, nas conversas, nas cobranças, nas atitudes afetivas e comprometidas com sua formação de caráter e ética
Mulheres casadas com o trabalho
Li outro dia uma matéria na Revista Cláudia intitulada “O sucesso é o novo sexo” e fiquei pensativa. O texto menciona que o trabalho tem se firmado como um afrodisíaco para uma geração de mulheres que cada vez mais coloca os relacionamentos em segundo plano.
Sou testemunha de que o trabalho é uma excelente fonte de prazer e realização, que motiva e impulsiona nosso cotidiano. È muito bom sentir-se envolvida com projetos, planos, reuniões, estudos. As cobranças, compromissos e desafios são alavancas para o nosso aperfeiçoamento.
Filhos, namoros, problemas familiares interferem sim no desempenho profissional e podam a liberdade. Mas também os filhos podem ser fonte geradora de alegria, a família ser porto seguro na hora das dificuldades e um companheiro um alicerce constante.
Sou bastante voltada para a minha realização profissional, mas não dispenso o envolvimento nas outras áreas da vida: social, familiar, afetiva e pessoal. Afinal não sou e nem quero ser de ferro! Adoro aproveitar as coisas boas da vida!
Mulheres casadas com o trabalho
Li outro dia uma matéria na Revista Cláudia intitulada “O sucesso é o novo sexo” e fiquei pensativa. O texto menciona que o trabalho tem se firmado como um afrodisíaco para uma geração de mulheres que cada vez mais coloca os relacionamentos em segundo plano.
Sou testemunha de que o trabalho é uma excelente fonte de prazer e realização, que motiva e impulsiona nosso cotidiano. È muito bom sentir-se envolvida com projetos, planos, reuniões, estudos. As cobranças, compromissos e desafios são alavancas para o nosso aperfeiçoamento.
Filhos, namoros, problemas familiares interferem sim no desempenho profissional e podam a liberdade. Mas também os filhos podem ser fonte geradora de alegria, a família ser porto seguro na hora das dificuldades e um companheiro um alicerce constante.
Sou bastante voltada para a minha realização profissional, mas não dispenso o envolvimento nas outras áreas da vida: social, familiar, afetiva e pessoal. Afinal não sou e nem quero ser de ferro! Adoro aproveitar as coisas boas da vida!
Como vivem os adolescentes?
Os adolescentes têm uma vida secreta. Por mais que os pais queiram ser amigos, ouvir as confidências, saber dos acontecimentos o que lhes chega é uma pequena parte daquilo que de fato os filhos vivem.
Triste notícia, não é? Mas é fato!
Outro dia soube de um acontecimento. A menina com duas colegas iriam ao shopping e foram deixadas lá por sua mãe. Depois voltaria de carona com os pais da amiga. Dali , com tudo previamente combinado, seguiram para o apartamento de um amigo e lá beberam, dançaram, namoraram. Tarde da noite a mãe recebeu um telefonema de que a filha estava num hospital em coma alcoólico.
Fato corriqueiro em se tratando de adolescentes que querem ter autonomia, testar sua coragem, ousar, ter lugar de destaque no grupo, e até mesmo transgredir. Todos já vivemos isso. Alguns com mais, outros com menos intensidade.
É muito difícil saber a dose certa de limites a impor. Se o filho fica muito solto, os pais são cobrados e recriminados. Se prendem muito, também são criticados e questionados.
Em defesa dos pais que muitas vezes não sabem como agir, eu proponho a imposição de limites, sem invadir excessivamente a privacidade deles. Como sempre o equilíbrio é fundamental.
Conversar, questionar, orientar, exemplificar, conhecer amizades, acompanhar conversas, abordar assuntos polêmicos como drogas, gravidez, doenças, são algumas das atitudes de pais presentes que se importam com a vida de seus filhos.
Embarcar ou não embarcar?
Sobre a morte da garota Isabella Baracat de 20 anos num cruzeiro marítimo universitário há muito que se refletir.
O primeiro ponto a pensar é sobre a existência do bem e do mal.Sabemos que o bem e o mal co-habitam em nós e por mais que nos esforcemos para ser do bem, não há como fugir,o mal está lá, quieto, pronto para aflorar. Lógico que na maioria das vezes somos educados e limitados para que os mandamentos do bem prevaleçam e quase sempre agimos em conformidade com eles. E assim educamos nossos filhos para os limites, para saberem dizer não ao inadequado, para terem noção dos perigos, para agirem pensando nas consequências.
Num segundo ponto está a estimulação ao inadequado. Convivendo com exemplos ruins, assistindo a conselhos maldosos na televisão, ouvindo notícias perniciosas, conectando ideias podres na internet nossas crianças e adolescentes vão mantendo um arquivo atualizadíssimo de "más sugestões"para colocar em prática na primeira oportunidade que tiverem.
E ideias arquivadas, mais um grupo de adolescentes juntos e com tempo sobrando pode resultar em ações equivocadas. Concluo isso porque lido diariamente com crianças e adolescentes e vejo até onde suas atitudes inadequadas podem chegar.
E é por isso que trabalhar com educação é tão instigante, pois nosso papel é lembrar constantemente até onde podem ir, é clarear e alargar os pensamentos que por vezes se miram num único ponto de vista.
Um terceiro ponto a pensar é que ao trabalhar para que nossos jovens desenvolvam sua autoestima, talvez estejamos errando na dose e excedendo no estímulo ao amor próprio.Vemos diariamente nossos jovens querendo ser notados demais, querendo exclusividade demais, pedindo atenção demais. É tanto narcisismo que a opinião do outro, a dor do outro, a queixa do outro deixam de ser relevantes.
Talvez esses três pontos e alguns outros tenham se somado no caso da menina Isabella: moçada reunida para se divertir, com a sensação de liberdade à flor da pele, sem preocupação com o bem-estar do companheiro, com ideias equivocadas de como aproveitar essa liberdade, com a força do coletivo motivando e incentivando o inadequado e consumo de drogas.
Decidir embarcar ou não um filho numa viagem dessas é muito difícil. Dizer não é tirar o filho das experiências e vivências que poderiam trazê-lo ao crescimento e amadurecimento. Dizer não é deixar de acreditar na educação dada e nos exemplos ensinados em casa. Dizer não é acreditar que sempre estaremos por perto para salvá-lo das situações difíceis.
Dizer sim é aceitar a sua individualidade e sua emancipação. Dizer sim é considerar sua capacidade de sobrevivência. Dizer sim é transmitir confiança e aprovar suas decisões.
Para responder a essa pergunta cada família precisa se autoavaliar. Os pais criam seus filhos para terem uma vida feliz. E nessa missão não basta dizer sim. Muitas vezes é preciso falar não também.
O importante é que antes de uma viagem como essa os pais conversem com o filho e chequem alguns pontos que podem ajudá-los em sua avaliação, ponderando todos os riscos e possibilidades. Proteção e cuidados sempre são bem-vindos, principalmente quando se trata da integridade dos filhos.
Ao final, após precauções observadas, se a decisão tomada for sim, só resta pedir ajuda a Deus e seus anjos da guarda.
Cozinha mineira
Concordo com Rubem Alves quando ele escreve que nas Minas Gerais o lugar mais importante de uma casa é a cozinha. Estando por lá nos últimos dias, tudo o que fiz foi descansar e comer. Com a família reunida e palpitando sobre o cardápio, a cada dia um prato novo era preparado. Delícias como frango com quiabo, quirela, doce de figo, paçoca caseira, doce de leite, queijo, doce de cidra, arroz doce, sem contar os pães e roscas foram preparadas e degustadas sem dó nem piedade.

Dá para ensinar sensibilidade?


Sou abençoada por Deus ter colocado no meu caminho minha querida filha Raphaela. Como a maioria das mães "babo" por suas conquistas e atitudes positivas. Rapha é uma menina muito amada e elogiada por todos. Sexta-feira, dia 2, aniversariou o coleguinha Rui Kimura e mesmo acabando de chegar de viagem, lá fomos nós. Chegando lá ela logo enturmou-se e pôs-se a brincar. Meu amigo Kimura, tio do Ruizinho, olhou e disparou: "Isso ela puxou do pai"
De fato, ela herdou do pai a popularidade, o senso de humor e a capacidade de perceber detalhes de pessoas e situações, caricaturando-as de forma bastante engraçada.
Ao comentarmos isso na festa, lembrei-me de uma situação bonita ocorrida dias antes e emendei: "Ah, mas a sensibilidade ela herdou da mãe!" Então contei um fato marcante vivido em nossa viagem. Estávamos passeando no sítio e Raphaela ia na frente com a minha mãe. Depois de um tempo ela voltou correndo e dizendo que precisava mostrar uma coisa para mim.
Fui até o local e me extasiei com o que vivi e com o que senti percebendo a sensibilidade da minha filha. Me deparei com uma árvore de porte médio, de galhos fortes, cheios de folhas e de cume arredondado. Grudada à árvore havia uma grande pedra que fora abraçada pelas raízes da árvore. Poesia viva e concreta na minha frente!O porte das raízes e a presença de pequenas plantas e animais co-habitando árvore e pedra, sinalizavam que "esse casamento"já durava muitos anos.
Confesso que foi um dos momentos mais bonitos que já vivi na vida!
Respondendo à pergunta-título deste texto: Dá pra ensinar sensibilidade? Respondo que sim.
Talvez Raphaela já tivesse determinado em seu gene que seria uma menina sensível. E isso seria incrível. Caso isso não estivesse cunhado no seu jeito se ser, naquele momento tive a certeza de que "meus investimentos" não têm sido em vão. Frequentemente levo Rapha ao cinema, musicais, teatro, mostras de dança e exposições. Chamo a atenção dela para os espetáculos que a natureza nos dá diariamente como arco-íris, flores, por-do- sol, movimento das nuvens, montanhas etc. Também mostro livros, coleciono imagens que me sensibilizam e leio histórias e poesias para ela. Sei que esse conjunto de ações e outras inúmeras atitudes contribuem sim para nutrir e fazer aflorar a sensibilidade que muitas vezes fica adormecida no interior das pessoas.
Família, família

Nessas férias de final de ano viajei com a família para nosso sítio no sul de Minas. Em alguns dias chegamos a conviver em dezoito pessoas na mesma casa. Essa interação é deliciosa, pois afinamos nossas relações, conhecemos mais sobre cada um, estreitamos nossos laços e nos afeiçoamos mais.
Já vivi esse "Big Brother" inúmeras vezes viajando com amigos e familiares. É fato que nessa convivência por mais que as pessoas se gostem, muitas vezes elas acabam se atritando. E se cada um não se policiar e utilizar paciência, resignação e muita tolerância a viagem pode se tornar um grande stress.
Especialmente falando em relação familiar, lembrei-me do livro "A família de que se fala e a família de que se sofre" de José Ângelo Gaiarsa, escritor polêmico na forma como retrata as questões familiares e que diz: " todos temos duas famílias: a PÚBLICA que sempre dizemos estar bem e ser maravilhosa e a PRIVADA da qual nos queixamos e sabemos seus podres. Ele ainda diz que é tempo de reconsiderar e tentar organizar a família em bases mais saudáveis sobretudo na questão de ser mais verdadeira e responsável. Polêmico não??
2009

A cada ano novo fazemos planos, anunciamos promessas, listamos metas.O término de um ano e o começo de outro revitaliza e energiza a nossa vida. E nesse caminho cíclico vamos nos avaliando e replanejando a nossa trajetória. Mas por que esperar um ano inteiro para essa retomada? A cada dia que nasce, ganhamos de presente vinte e quatro horas inteirinhas para rever e retomar nossas ações. Por isso insisto APROVEITA O DIA!
Um excelente 2009 a todos!
Recomeço a escrever depois de um tempo de férias.
Estive pensando porque manter este blog e ao folhear um livro, daqueles que a gente sublinha, faz "orelhas"dobrando a parte superior da página, põe papelzinho para marcar aquilo que gostamos, encontrei este texto de John Powell que responde a esta pergunta: "Meus sentimentos são como a minha impressão digital, como a cor dos meus olhos e o tom da minha voz: únicos e irrepetíveis. Para você me conhecer, é preciso que conheça os meus sentimentos.
Minhas emoções são a chave para a minha pessoa. Quando lhe dou essa chave, você pode entrar e compartilhar comigo o que eu tenho de mais precioso para lhe oferecer: Eu mesma".
Aqui neste espaço que escrevo algumas vezes por semana procuro registrar minhas opiniões, percepções, convicções e sentimentos. Você leitor tem então, a chave, para a minha pessoa.
Estou com novo endereço. Espero que continuem me pretigiando....