domingo, 1 de abril de 2018

Como lidar com os alunos retidos

Como lidar com os alunos retidos!

                                                              Rosângela Silva

http://www.revistadavila.com.br/2018/03/escolas-como-lidar-alunos-retidos/

Início de ano letivo. Os alunos voltam às salas de aulas. Professores recuperaram o fôlego e agora é hora de conhecer melhor sua clientela.
Hoje resolvi falar sobre os alunos retidos.
No começo do ano é muito importante identificá-los e olhar para eles com carinho e atenção.
Partindo do pressuposto de que a repetência foi o melhor caminho  para aquele aluno que rendeu pouco e não atingiu os mínimos objetivos, agora é hora de fazer um novo estudo de caso, dispensar o rótulo  e direcionar melhor seus estudos.
Primeiramente esse aluno deve voltar à escola mais amadurecido e disposto a mudar suas estratégias de estudo e envolvimento com a escola.
É muito importante que as escolas levantem esses alunos, começando por chamá-los para conversar, orientar  e traçar um plano junto com eles, que precisam estar cientes de que podem mudar e que seus professores acreditam em seu potencial.
Se a escola e sua equipe de professores despertarem nele a possibilidade de melhora e partir para os incentivos e ganhos, em vez de ficarem apontando as falhas do ano anterior, pode ser que ele reaja positivamente, passando a acreditar mais em si.
Chamar a família para conversar também é um ponto a favor de um ano letivo renovado e apostando  no reforçamento da parceria.
Agora, se a escola continuar olhando para ele com o mesmo olhar, tudo começa igual, sem novas perspectivas , sem novo projeto, sem novo desafio.
A escola  faz parte de um pedaço da vida da pessoa, no qual  formam-se os valores e amplia-se o conhecimento  do mundo, através de atividades previamente preparadas por profissionais qualificados para  que essa aprendizagem ocorra de forma organizada e interessante.
Alguns alunos apresentam dificuldades para aprender, seja por motivos biológicos, psíquicos, emocionais ou neurológicos. Há também aqueles que chegam à escola com hábitos ruins como procrastinação, preguiça, pouco esforçado, querendo tudo pronto,  sem curiosidade  e hábito de estudo.
Cada caso vai requerer olhares e ações diferenciadas para que o aluno seja atendido sem seu potencial máximo. Alunos aprendem de formas, velocidades e sequências  diferentes.
Alunos se formam nos bancos escolares, eles não chegam prontos, se lhes faltam pré-requisitos , precisamos buscá-los e não ficar culpando a família, o aluno, a escola anterior em que estudou.
Trabalhar com aluno bom é fácil. Algumas se dão ao luxo de recrutar só os melhores, os que lhes darão boa posição no ranking dos vestibulares.
Boa de verdade  é a escola que cria recursos e não desiste dos alunos difíceis. Que tem uma equipe que pesquisa e investiga meios de ajudar os alunos com dificuldades de aprendizagem. E ainda consegue manter um padrão de qualidade para todos os demais que têm a mente brilhante e aprendem facilmente.
Início do ano. Mãos à obra!  À nossa mais grandiosa obra: criar indivíduos melhores e mais capazes dia a dia, independente da sua condição.

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