A copa do mundo acabou e deixa várias
lições para todos nós.
Comparar o jogo no campo de futebol com a vida,
com a sala de aula e com os ganhos e perdas que nos acompanham sempre é uma
tarefa que nos leva a aprendizagens diversas.
Na família, no trabalho, nas relações de
amizade, na escola sempre aprendemos grandes lições de como formar um bom time
para vencer os obstáculos e atingir juntos nossos objetivos. Nessas relações
nem sempre ganhamos, acertamos ou somos
aceitos com nossa forma de ser e agir e aí está a fórmula para se aprender
sobre convivência.
Mesmo vivendo em grupo na maioria do nosso
tempo, muitas vezes nos vemos em disputas e competições que nos afastam e nos
fazem compor um grande time de narcisistas, cada um pensando em brilhar mais
que o outro.
Pensar alguns comparativos dos jogos com a
vida nos alimenta para o enfrentamento das ocorrências diárias.
Hoje o mundo cobra das pessoas que
desempenhem bem várias funções. Não dá mais para contratar aquele funcionário
que só sabe fazer bem um único trabalho.
Nos bancos escolares os educadores esforçam-se para estimular nos alunos o treinamento
de várias habilidades. Então, copiemos o
jogador alemão Schweinsteiger que atuou em campo desempenhando várias funções,
indo da defesa ao ataque.O craque não ficou preso apenas às tarefas da sua
posição. Foi além, ousou, criou,foi multifuncional.
A sociedade impõe regras e normas de
convivência, mesmo assim, às vezes há injustiças e erros em nosso meio. Não devemos esmorecer.
Assim como Messi não deveria ter ganho a bola de ouro como melhor jogador da
copa, também presenciamos situações equivocadas e não podemos nos desestimular ou paralisar. É
preciso agir independentemente das adversidades.
Neuer sim, mereceu ser eleito o melhor
goleiro da copa. Ousado pelas jogadas arriscadas que faz, não se limita a
esperar os ataques do adversário, está sempre estudando os passes e fazendo
lançamentos certeiros, atuando como se fosse
mais um jogador em campo somando aos seus outros 10 colegas de linha.
Assim devemos nos espelhar no goleiro-linha em nossas jogadas na vida, não dá
para ficar parado esperando o adversário e a bola chegarem. Sejamos ousados e
criativos em nossa trajetória.
As novas exigências do mercado cobram
organização e planejamento das empresas e seus funcionários. Como conviver com
chefes que não planejam, não estudam seus projetos, não promovem treinos
constantes e “apertados” e não têm plano B? A teimosia e inflexibilidade do
nosso técnico Felipão mostraram que nenhuma equipe vai longe sem estudo,
planejamento e treinamento. Bons resultados não nascem apenas da confiança.
Nossa seleção deixou muitos espaços vazios,
mostrando falta de entrosamento, de treino e de organização. Times bons fecham
combinados, combinam jogadas, dedicam-se
às tarefas e suam a camisa até o final do jogo.
Outra lição é que a experiência nem sempre
é tudo. Bastou a menino Mario Götze sair
do banco de reservas, treinado, confiante, seguro para marcar o gol do título.
Uma equipe otimista e incentivada, preenche os espaços vazios com seriedade e
comprometimento.
Perder a copa é triste. Mais triste ainda é
saber que amanhã os jogadores e administradores da seleção não vão saltar da
cama cedo, destinados a começar uma nova etapa com garra e vontade de vencer como fazem milhões de brasileiros,
campeões na disposição e na coragem.
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