segunda-feira, 8 de março de 2010

Anarquia

Ao ler este poema me vi, fiz releitura de mim. Difícil escapar dos meus ímpetos arianos...

Sei que depois sinto remorsos
de ser tão estupidamente malcriada
de falar tanto e ser tão atirada
uma lagarta tamborila nervosa
seus pezinhos em cima da mesa
me desculpe
todos os dias prometo
hei de ser mais indefesa
mais contida.
Quieta como uma japonesa.
Mas de repente essa coisa desfraldada
desbocada, destemida, que eu sei
que te incomoda
explode inteira cor de rosa
perigosamente sulferina.
Qualquer pequena luz
pra mim é festa e me ilumina.
(Bruna Lombardi- o perigo do dragão)

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